segunda-feira, 26 de março de 2012

Entrevista cedida ao Boqueirão Rock Metal Festival


desde quando existe a Ultimo Grito? Qual a ideologia da banda? O que defende e o que propõe aos seus admiradores?
Rodrigo: A banda Último Grito nasceu em 16 de fevereiro de 2006 na cidade de Simões Filho-BA com o propósito de fazer músicas politizadas com caráter critico abordando diversos temas que permeiam as relações sócio-culturais e antropológicas da sociedade.
Estamos fazendo 6 anos hoje, uma data importantíssima para mim, afinal são seis anos de resistência sempre existindo de forma independente e autônoma, ou seja,  “faça você mesmo”!
Como já foi citado a banda sempre teve essa proposta de abordar diversos temas que observamos na nossa realidade com enfoque no que diz respeito as questões políticas e sociais, sempre com um olhar critico e libertário.
Só não gosto muito do termo admiradores (risos) acredito que todos somos colaboradores, sempre pensando na construção coletiva.

Já que você citou as políticas sócias. Vocês são envolvidos com elas. Qual a visão de vocês sobre política? O que acha dos nosso políticos?
Rodrigo: Todos estamos envolvidos seja de forma direta ou indireta, mesmo os que se abstém de determinadas participações. Em particular não acredito no modelo político ao qual estamos organizados, já ta mais do que provado que o capitalismo não deu certo assim como outros modelos tirânicos. Não é possível haver uma sociedade justa enquanto houver a dominação do homem pelo homem.
Apesar de discordar plenamente com tal modelo acredito que é preciso interferir para mudar, ou quem sabe chegarmos a um lugar mais interessante, com frequência participo de conferências, debates e etc. sem necessariamente entrar no jogo deles, muitas vezes com uma visão dicotômica promovendo rupturas ou até boicotes. Também tenho envolvimento direto com educação, trabalhos sociais e culturais.
Falando de forma coletiva em relação à banda, temos sem dúvida uma forte inclinação anárquica e libertária, acreditamos que existem dois grandes meios hoje de transformação que é a arte e a educação, e entre as diversas formas de expressão cultural sem dúvida a música tem um papel de grande importância, acho que isso fica claro se observarmos alguns movimentos de contracultura e suas influências no pensamento contemporâneo.
Quanto aos políticos, como já afirmei, não acredito na representatividade, logo não tenho como ser favorável a nenhuma ação dentro desse modelo, infelizmente a grande maioria está ali em busca de salários exorbitantes, de interesses pessoais, partidários ou corporativistas, não existe nenhum interesse de mudança real, de promover o bem coletivo. Hoje deputados ganham 15 salários por ano para trabalhar 3 vezes por semana, isso quando comparecem, de fato não vejo políticas públicas sérias e compromissadas com o interesse coletivo, os grandes beneficiados são os políticos e as grandes corporações.

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